Líderes conservadores declaram guerra contra Weverson Meireles na Serra

Por Max Pitangui

Ativista

Conservadores, lideranças religiosas e pastores manifestam profunda decepção com o atual prefeito da Serra, Weverson Meireles, que, segundo eles, teria prometido não implementar projetos de viés ideológico na cidade. A nomeação da psolista Mayara Cândido para a Secretaria de Educação evidencia, na visão desses grupos, que Weverson teria enganado a população serrana.

As eleições de 2024 foram marcadas por uma disputa acirrada, considerada uma das mais polarizadas da história recente. O consórcio de esquerda, representado por partidos como PDT, REDE, PSOL, PT, PCO, PCdoB e PSB, consolidou mais de 30 anos no comando do município, reforçando a hegemonia progressista na Serra e refletindo a conjuntura nacional da esquerda no Brasil.

Promessas Quebradas e Decepção Conservadora

Apesar do Partido Liberal (PL), com Jair Bolsonaro em suas fileiras, ter lançado um candidato que supostamente representava a direita conservadora, o nome indicado não conseguiu mobilizar a base. Igor Elson, que já teve ligações políticas com partidos da esquerda, não foi reconhecido como representante legítimo dos conservadores. Nesse contexto, Pablo Muribeca emergiu como o verdadeiro porta-voz da direita, combatendo pautas marxistas, ideologias de gênero e projetos progressistas.

Weverson Meireles, aliado histórico de figuras como Sérgio Vidigal, negou publicamente intenções de implementar pautas ideológicas controversas, mas documentos e ações sugerem o contrário. Entre as propostas atribuídas ao prefeito estão iniciativas voltadas à implementação de políticas de gênero, como:

  • Criação do Tripé da Cidadania LGBTI+, com um conselho municipal e cargos específicos na gestão;
  • Campanhas de combate à LGBTfobia, promovendo respeito à diversidade sexual e de gênero;
  • Projetos para fomentar o diálogo com organizações LGBT+ e implantar reflexões sobre masculinidade.

Tais iniciativas foram vistas pelos conservadores como uma tentativa de introduzir ideologias que desrespeitam valores tradicionais e a autonomia das famílias.

A Nomeação de Mayara Cândido e a Reação Conservadora

A escolha de Mayara Cândido, militante psolista, para liderar a Secretaria de Educação foi a gota d’água para pastores e líderes religiosos que haviam firmado um acordo com Weverson. Segundo eles, o compromisso incluía a exclusão de pautas ideológicas das políticas públicas educacionais. Essa decisão provocou revolta e levou líderes religiosos, como o Pastor Marcelo Ferreira, da Cadeeso, a convocarem a comunidade para exigir responsabilidade do prefeito.

Um Embate que Promete Continuar

Com a traição percebida, pastores, conservadores e lideranças religiosas na Serra se preparam para uma nova batalha contra Weverson Meireles. A insatisfação cresce, e é provável que o cenário político local volte a ser palco de intensos confrontos ideológicos. A população serrana acompanha de perto, enquanto a direita conservadora promete não recuar diante do que considera um ataque aos seus valores.

Preparem-se para um embate político que promete definir os rumos do município nos próximos anos. Como diz o ditado: “Quem avisa, amigo é.” Resta saber se Weverson Meireles conseguirá enfrentar a tempestade que se aproxima.

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